6 de Junho-Roma!
Bruce veio a Itália dizer que também tem vergonha da América: não o afirmou explicitamente, mas estava lá... foi com um banjo na mão que apareceu em palco o Bruce, para dedicar a primeira música a Ennio Morricone (uma maneira de acalmar os italianos que por regra querem acompanhar cada canção!).
E a partir daí estavam lançados os dados; várias guitarras, piano, órgão, muito uso do falsetto tb, mas sobretudo a vontade de comunicar.
E a "scaletta" desfilou de forma potente e irrepreensível; canções para todos os gostos dadas todas com a mesma entrega e presença de espírito- de resto ele sempre foi um cantor do momento presente, do espontâneo; nunca repetindo exactamente a mesma versão de um tema em dois concertos seguidos.
De maneira que as canções recentes soaram mais intensas que em disco; alguns temas do passado foram actualizados para o contexto actual de forma eficaz- Brilliant Disguise ou State Trooper nunca soaram melhor, palavra de aficionado!
Em Long Time Coming, afastou-se do microfone quando cantou:
Now down below and pullin' on my shirt
I got some kids of my own
Well if I had one wish in this god forsaken world, kids
It'd be that your mistakes would be your own
Yea your sins would be your own
Conseguindo assim roubar mais 80% da atenção do público para o verso.
O tipo sabe os truques todos e usou-os.
Aqui fica Brilliant Disguise (as variações de volume são produto do mesmo jogo com o microfone).
Claro que já tenho no meu disco rígido o concerto; Deus é grande e inventou a partilha de ficheiros na net!