domingo, fevereiro 19, 2006

Diário de um Pároco de aldeia






Procurei este filme durante algum tempo; quando era Pároco ofereceram-me o livro, de George Bernanos mas uns anos depois soube que existia o filme.
Lembrando-me eu de algumas partes que tinha lido, fiquei curioso, bastante curioso; os diálogos entre o padre e a condessa eram especialmente fortes - hum... como explicar? Um pouco fora deste mundo mas da melhor maneira possível!

Assim, enquanto não pôde ver o filme, fui lendo sobre ele... o que cada vez me acicatou mais a curiosidade: um filme de um grande cineasta, um filme minimalista, intimista, espiritual e revolucionário, num preto e branco de 1950.

De forma que quando inseri o dvd no computador tinha algumas espectativas sim, mas, mais que isso, um pressentimento de que ia gostar do filme e foi isso que aconteceu.

Regra: quando se gosta de um filme (muito!), não estragar a experiência que os outros ainda não fizeram, multiplicando os elogios e os conceitos.

Mas juro que empresto o dvd aos interessados!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006




Depois de algum tempo de fatiga examinosa, eis-nos de regresso!

Agora é tempo de respirar novamente; como Adão no paraíso antes de Eva o ter enganado!

A sério, agora começo em trabalhos com a minha tesina, o trabalho que justificará a assinatura da carta de alforria mais conhecida como diploma...

Não tentem isto em casa; as imagens que se seguirão são protagonizadas por profissionais treinados e não por patos bravos.

Poesia time, enjoy the ride, make yourself at home, break your bone.




Atlantic

No guardanapo,
a negro, o nome do oceano

em algum dia em algum
segmento perdido do tempo

haveria de ter o Atlântico
por detrás de uma janela
como se fosse a montra de
nenhum outro bar

onda atrás de onda
e quando soprasse a nortada
e o vidro se confundisse
com os cristais do sal

círculo ao redor do copo

o oceano era a palavra que
levava aos lábios.

João M. F. Jorge